sexta-feira, março 02, 2007

Reunião de 27 de Fevereiro de 2007, 1ª reunião, (balanço)

Resumo de assuntos para a reunião do CP:

1. Tomada de posse dos novos membros

2.Outros assuntos:

  • Eleger um secretário (aluno).
  • Comentários sobre o documento de reflexão para o CP (anexo).
  • Formar uma comissão para elaboração de calendários de exames.
  • Formar uma comissão para participação na fase inicial do programa de tutorado.
  • Formar uma comissão para a organização de um Seminário: Bolonha no ISA.

INFORMAÇÕES:

  • Época especial de exames: 23 a 27 de Julho, realização de máximo 2 disciplinas.
    Coordenador do 1º ano (Professora Amarilis de Varennes) e comissões de curso.
  • Informação do CC:

1. Aprovação de 2º ciclos do ISA (Bolonha)

2. Regras de transição para o 2º ciclo.

3. Mestrado da RUPEA (rede universidades portuguesas de ensino agrário); Mestrado de Viticultura e Enologia

  • Informação do GAT: realização de sessão de esclarecimento aos alunos sobre as Regras de transição para o 2º ciclo

A reunião começou com a eleição de secretário e de vice-presidente do CP, ambos alunos. De seguida foi comentado o texto para reflexão enviado pela prof. Luísa Louro para todos os elementos do CP, sendo dado destaque à alteração de estatutos deste órgão. Quer-se com esta alteração reduzir o número de efectivos para um elemento por curso tanto de professores como de alunos e algumas alterações não especificadas ao funcionamento do mesmo. Esta proposta será entregue na próxima reunião. Na nossa opinião esta alteração se for feita à semelhança da última proposta serve apenas para retirar importância ao órgão transferindo funções para outros órgãos como as comissões de licenciatura e concelho científico, onde os alunos não têm paridade. Tornando o pedagógico um órgão meramente consultivo.

Seguimos nesse momento para a constituição de uma comissão para entregar a calendarização de exames, esta comissão é constituida por um professor e dois alunos. Serve para entregar a proposta de horários dos alunos ao CP.

De seguida vem uma informação directamente do Conselho Científico (CC) que propõe uma época especial de exames para os dias 23 a 27 de Julho. Nesta época especial poder-se-á realizar quaisquer dois exames de qualquer disciplina do semestre ìmpar ou par deste ano lectivo de 2006/2007. Começou a discussão, os alunos acham que apenas dois exames é pouco e como o que está em jogo é ficarem retidos no primeiro ciclo de Bolonha acham que devia ser dada a oportunidade de se realizarem mais exames. Os professores acham irrealista fazer mais do que dois exames, e deram o exemplo de um aluno que em Setembro passado tentou fazer 10 exames, deram também a desculpa que a abébia que nos estavam a dar já era demais.. é uma época especial.. Neste caso o que os professores deviam permitir era que os alunos realizem os exames de acordo com o seu plano pessoal uma vez que cada um sabe o que será melhor para ele. Os alunos propuseram que o número de exames a realizar fosse alargado, a professora Luísa Louro disse que iria falar com o CC mas que iria ser difícil mudar, ou seja, a proposta estava feita e os alunos não tinham nada a ver com isso. O consenso encontrado foi de 3 exames. De seguida propusemos também o alargamento desta época para até o dia 31, o que iria facilitar as manobras logísticas e a possibilidade de os alunos poderem fazer mais exames. Aqui viu-se uma verdadeira luta de interesses, a época não pode ser ampliada devido ao funcionamento da época de exames, as pessoas têm de ter férias e então os alunos não podem ser avaliados. Houve mesmo alguém que disse que os professores têm de estar ali em Julho e Setembro, e precisam de Agosto para ter férias, recordamos que nós também estamos ali na escola!!

A seguir somos informados acerca de um caderno de regras de transição para o segundo ciclo que estará prestes a sair, falou-se também acerca do caso de um aluno não passar para o 2º ciclo mas ter já feito cadeiras equivalentes a cadeiras do 2º ciclo não terá de voltar a fazê-las no mestrado. Foi referido pela prof. Luísa Louro que os dois ciclos poderão funcionar em simultâneo desde que o aluno tenha 165 ECTS.

A informação seguinte foi que estão neste momento a funcionar aulas de apoio de Física, Álgebra e Biologia, e que os alunos interessados se deverão dirigir aos respectivos departamentos e falar com os professores responsáveis.

Falou-se acerca da realização de um seminário ainda sem data marcada que será sobre o processo de Bolonha, o que é e quais os seus aspectos organizativos, foi convidado um aluno a participar na construção desta conferência além de que será também convidado um aluno do primeiro para falar sobre a experiência de Bolonha no seu primeiro ano. Foi sugerida a data de início de Setembro.

Passou-se a uma ‘votação’ fantasma, porque não houve realmente uma votação, acerca de 3 cursos de mestrado que tinham de ser aprovados e que nos tinham sido entregues no dia anterior à noite por e-mail. Os professores disseram que aquilo tinha de seguir e que era necessário o consenso do CP, houve um consenso generalizado apesar de os mestrados nem, estarem completos, outro argumento utilizado foi o de aqueles mestrados já existirem e aquilo ser apenas uma adaptação a Bolonha.

A seguir o aluno Tiago Dores levantou uma questão que desencadeou uma discussão interessante e que nos levou a ficar preocupados com as opiniões expressas por alguns dos professores. O que o Tiago disse foi que duas visitas de estudo agendadas para este ano no âmbito das disciplinas de Silvicultura II e Inventário Florestal não vão ser realizadas devido à redução de custos que o ISA está a propor, o que inclui que as visitas de estudo com duração alargada serão apenas extinguidas! Uma rapariga de Arquitectura Paisagista referiu o mesmo problema no seu curso além de outra pessoa que referiu outra situação idêntica, e eu referi o caso da visita de estudo de caça do semestre anterior que já não foi financiada. Bom, a professora Graça Abrantes que tinha entrado momentos antes foi a pessoa indicada para responder e o que disse foi que as prioridades estão a ser revistas, e que não é verdade que as visitas alargadas sejam abolidas, o que acontece é que há uma contenção de custos e que é necessário acordar com os professores para que as visitas sejam feitas de uma forma mais barata. Na prática isto é dizer de pézinhos de lã que estas viagens vão simplesmente deixar de ser prioridades pelo menos nestes moldes e no fim esquecidas.. ou seja esquivou-se à questão mas não foi necessário responder porque a opinião de alguns professores deixou bem claro o objectivo final. Isto conclui-se quando um professora de Engenharia Zootécnica diz que quando os alunos querem fazer estas coisas devem arranjar maneiras de se auto-financiar e pagar do seu bolso.. Dissemos a seguir que os alunos já pagam propinas!! Aqui começou a discussão acerca de propinas em que o professor Soares David referiu o modelo anglo-saxónico em que as propinas são pagas de acordo com um estudo que relaciona o total do custo do ensino, e que nós tinhamos muita sorte em isto ser assim. Achamos que estes exemplos extremos são óptimos exemplos para nos prevenir do que aí vem se permitirmos estes pequenos avanços como a ausência de visitas de estudo, depois das visitas o que virá? O pagamento total do ensino? Onde está aqui a igualdade? E foi assim que saímos da reunião que tinha de acabar pois estava no seu horário...

Um comentário à orgânica da reunião: não é produtivo para uma reunião com cerca de 30 pessoas que não haja inscrições para falar, tornado a discussão mais pobre devido ao atropelamento constante. E numa decisão tão importante como a aprovação de mestrados não é possível o consenso destes sem uma votação. Algo para iniciar a próxima reunião do CP.

Marco Marques

Tiago Dores